quarta-feira, 27 de julho de 2011

Papa Legba: O Senhor dos Caminhos

O Vodou Haitiano é um culto extremamente feiticeiro, nascido de uma fusão natural entre as crenças e práticas dos africanos escravizados levados para o Haiti com as práticas de Bruxaria européia provindas da França.

Neste ensaio, o primeiro de uma série, Adriano de Carvalho (Draku-Qayin) nos fala sobre Papa Legba, um dos principais lwa dos cultos de Vodou, sem o qual nada é possível.

Papa Legba é o Senhor das Encruzilhadas e dos Caminhos, o portador das chaves entre os mundos dos homens e dos espíritos, e é ele quem garante a comunicação entre ambos os mundos.


Papa Legba é associado ao sol, e é visto como o doador da vida. É ele que transfere o poder de Bondye para o mundo material, e tudo o que vive nele. Isso fortalece ainda mais seu papel como a ponte entre os mundos. Sua posição como intercessor de Bondye faz dele um Lwa da Ordem e do Destino.


domingo, 17 de julho de 2011

O Chamado aos Poderes da Encruzilhada - Bruxaria Tradicional

A Encruzilhada....

O Local onde dois caminhos se encontram e quatro caminhos partem...

E Encruzilhada é um local de intersecção por excelência, o lugar onde os poderes vindos das quatro direções visíveis, e das quatro direções invisíveis entre estas, se encontram e se unem. A Encruzilhada é, portanto, o Ponto de Comunhão.

Desde tempos remotos, as encruzilhadas são associadas com as bruxas e os espíritos, nos mitos, nas lendas e na história. É na Encruzilhada que os bruxos vão para tomar decisões, é um local de oportunidades e mudanças.

Neste Ritual de Bruxaria Tradicional, gentilmente cedido pela Via Vera Cruz, o bruxo - seja o aspirante, seja o mestre - se coloca na Encruzilhada e chama pelo Senhor Chifrudo, o Diabo, para caminhar pelos ganchos e curvas do Caminho... e buscar seu verdadeiro Destino e Fardo.

...Ele está lá, no Caminho Cruzado, com o seu chifre e cajado ele está; aguardando o toque do sino e os pés daqueles que juraram o exílio que termina em sepulcro e lágrimas. Por muitos nomes ele foi chamado, e para manter a máscara devemos nos referir a ele como o Diabo, ou ele que porta os chifres. Os chifres de Selene, os chifres de justaposições, os chifres de um, e do outro, os chifres que marcam de uma condição para a outra – a santidade do assassinato e da rebelião...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Arte Hoje por Robert Cochrane - Bruxaria Tradicional

Escrito originalmente em 1964 pelo falecido bruxo Robert Cochrane, um dos ícones da Bruxaria Tradicional, este ensaio é uma crítica ao cenário que se formou em relação à Bruxaria, e mesmo tendo se passado quase 50 anos, ele continua atual e extremamente relevante.

A Bruxaria Moderna pode ser descrita como uma tentativa do homem do século XX negar as responsabilidades do século XX. É uma crença segura e ingênua que a Natureza é sempre boa e amável. Também é uma crença, ou assim parece ser, de que se você pessoalmente pode ir ao contrário à evolução do pensamento, então talvez o resto do mundo pudesse seguir o exemplo. Boa o suficiente, a Arte é todas as coisas para todos os homens, se ela for uma simples crença panteísta para aqueles que acham isto, assim ela se tornou, já que os Mistérios foram evoluídos a todos os homens, e o Homem foi evoluído aos Mistérios. Qual das necessidades guia alguém a perguntar o que os Mistérios são?

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Diferenças entre as Três Artes


Bruxa cavalgando o Cavalo de Jacó, indo para o Sabá

Há diferenças entre a Bruxaria Comum, a Bruxaria Tradicional e a Wicca, e elas são gritantes! Nesse ensaio vamos tentar esboçar um pouco das diferenças que conhecemos, mas nem de longe poderíamos aludir todas elas em absoluto, uma vez que os conceitos estão em constante descobrimento e mutação. 

Nós não temos interesse em dar um caminho para a bruxaria, mas sim, desde que tomamos posse de nosso legado, podemos deixá-la fluir. Podemos delinear a bruxaria Comum logo de início, e passaremos para a Tradicional e posteriormente para a Wicca, no intuito de apontar suas diferenças, na conclusão de que ela nasceu com o paganismo, infanto - tal como uma criança, e se desenvolveu na era cristã alcançando sua maturidade como uma arte e ofício imutáveis e sempre transformados.

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Peteca do Bruxo Brasileiro

Abordar temas religiosos do solo brasileiro ainda é um desafio mesclado de selvagerias, pois todas as manifestações religiosas ou culturais sendo naturalmente brasileiras ou não, são todas verdadeiras até um sentido, e defendem seu peixe com uma peteca de contenda, com o que tem de pior ou não.
Infinitas discussões aludam esse palco, e infinitas platéias ainda colaboram mais, é um jogo de petecas entre os leigos e eruditos, ambos mergulhados em causas de atrito.
Mas pérai, primeiramente deveríamos lembrar que desde a cultura indígena, temos uma riqueza religiosa infindável, da qual poderia ser mais bem aproveitada ou valorizada, pois, por mais que sejamos descendentes de europeus, viemos morar pra sempre em território brasileiro, e na Arte Bruxa o que se valoriza é o Genii Loci, certo?
De que adiantaria um mulçumano querer olhar pra Meca quando vai orar, se ele encontra-se na realidade, no meio da Amazônia? Estamos falando da necessidade de um ponto de poder que focaliza o Espírito tradicional.

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A Diferença entre o Diabo e Satã




Quem pensa que Satã é o nome do Diabo pode se surpreender ao descobrir que a palavra satã existia antes da palavra diabo. Em todas as línguas ocidentais, este último termo é o mesmo: devil, diable, diablo, diavolo, Teufel. E todas as línguas que têm esse termo também possuem o termo satã. 

Embora sejam mais ou menos a mesma coisa, não há Diabo sem Satã, e não há Satã, sem Diabo. "Mais ou menos a mesma coisa" hoje em dia, porém muito diferentes no princípio. Satan é uma palavra hebraíca que em geral significa adversário, nada mais. Às vezes ele é um ser humano, às vezes uma figura celestial.

Em Jó, no Antigo Testamento, Satã é um membro do conselho de Deus. Satã é um posto, seja de inspetor, seja de promotor. Satã é um título, não nome de ninguém. Satã não é o Diabo (embora viesse a tornar-se o Diabo em comentários cristãos ). 

No cânone do Antigo Testamento, exceto em Jó, raramente encontramos o Satã (ou Satã); quando encontramos, ele não é importante. O adversário de Deus - O Diabo - é chamado diabolos nos Evangelhos de São Lucas e Mateus. Essa palavra grega significa acusador ou difamador; foi traduzido como diabolus. 

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